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domingo, 4 de dezembro de 2022

Iansã: orações e rituais


 

Rituais

Sendo o acarajé uma comida utilizada no ritual de Iansã, a iguaria também é conhecida, na África, de àkàrà, que tem significado de bola de fogo. A comida é um bolinho de feijão fradinho, fritos no azeite de dendê. A lenda destaca que a mulher de Xangô foi na casa de Ifá, um oráculo africano, buscar um preparado para o marido. Iansã desconfiou da comida e acabou comendo o alimento antes de entregar para Xangô, e nada lhe aconteceu. Chegando em casa, entregou a comida para o marido, que comeu e quando foi falar ao povo, da forma em que Ifá havia pedido, começou a sair fogo pela boca.

Depois do ocorrido, o bolinho de acarajé se tornou uma oferenda à divindade. Mesmo sendo vendido com outras finalidades, a comida é considerada pelas baianas uma comida sagrada, por conta do que aconteceu com Iansã. Feitos com finalidade sagrada, o acarajé deve ser apenas frito, sem recheio, como são vendidos fora do ritual. Ao todo, 9 bolinhos precisam ser ofertados e enfeitados com camarões secos e rodelas de cebola, com mel e dendê.

Oração

“Iansã, mãe e senhora dos ventos e tempestades, das horas aflitas e das almas perdidas.

Dona de todas as direções.

Operosa divindade em prol dos desígnios dos filhos de caídos sem norte e vontade.

Piedade para nós, criaturas que vivemos, à beira das tentações, dos abismos, alheios ao amor do pai Olorum.

Mãe, empresta-nos tua decisão e tua coragem, para o encontro do nosso próprio ser.

Daí-nos um roteiro de esperança e triunfo.

Erradicai a pobreza dos nossos sentimentos, orienta-nos para a verdade, dentro do caminho de devoção ao supremo doador.

Encoraja-nos senhora dos raios, para que nossa própria mente, siga uma só direção: amar a Olorum.

Êparrei, Iansã!”

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